Lideranças políticas do Oeste do PA cobram, em Brasília, prioridade para obras das BRs 163 e 230
Comitiva esteve em Brasília para cobrar melhorias em rodovias da região oeste do PA Divulgação Em uma agenda em Brasília, representantes políticos e empre...
Comitiva esteve em Brasília para cobrar melhorias em rodovias da região oeste do PA Divulgação Em uma agenda em Brasília, representantes políticos e empresariais do Oeste do Pará reforçaram a urgência em destravar obras consideradas essenciais para a região: a pavimentação de trechos da BR-230 (Transamazônica) e da BR-163 (Santarém–Cuiabá). A comitiva participou de audiências no Ministério das Cidades, com o ministro Jader Filho, e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com o diretor-geral Fabrício Galvão. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp O secretário de Governo do Baixo Amazonas, Nélio Aguiar, que integrou a comitiva, disse que a região não aceita mais ficar para trás na execução das obras. Segundo ele, a precariedade dos trechos rodoviários tem causado prejuízos enormes à economia, à saúde e ao transporte de moradores. A principal cobrança da comitiva foi sobre o trecho não pavimentado entre Rurópolis e Medicilândia, conhecido pela formação de atoleiros no período chuvoso e pelos inúmeros acidentes na estiagem, quando a poeira reduza drasticamente a visibilidade. Nélio explicou que o DNIT dividiu o segmento em duas partes: ➡ Rurópolis–Uruará: sem impedimentos ambientais, já segue para licitação. “Esse trecho deve começar primeiro, porque já existe compromisso do DNIT. Não há nenhuma objeção ambiental e o diretor confirmou que vai para licitação imediatamente”, disse Nélio. ➡ Uruará–Medicilândia: ainda sem previsão de licitação. “Esse pedaço depende do licenciamento ambiental, principalmente por envolver área indígena. Só depois disso é que poderá ser licitado”, explicou o secretário. No caso da BR-163, o clima foi de frustração. Os cerca de 30 km ainda não asfaltada, que fica entre Rurópolis e o km 30, continuam sem avanço técnico. “Para nossa surpresa e decepção, nem existe atualização do projeto. O DNIT ainda vai contratar uma consultoria para revisar tudo. Só depois disso é que vai para licitação. A gente pediu para não nos deixarem como o fim da fila. Essa rodovia é vital para o progresso da região”, reforçou Nélio. O secretário lembrou que a BR-163 é a principal rota de escoamento para soja, milho, fertilizantes e combustível, e atende produtores desde o Mato Grosso até o porto de Santarém. A comitiva também cobrou manutenção do trecho pavimentado entre Rurópolis e Santarém, que apresenta problemas graves de infraestrutura. Nélio destacou um ponto específico, onde o aterro está cedendo e o asfalto apresenta grande fissura. “O DNIT confirmou que esse trecho vai receber obra emergencial. É questão de segurança. Ali o aterro está desmoronando e pode romper a qualquer momento”, relatou. Rachadura na pista coloca em risco o tráfego na BR-163, em Rurópolis, oeste do estado Além disso, o DNIT se comprometeu a: emitir ordem de serviço para tapa-buraco; concluir acessos de pontes prontas há mais de uma década, mas sem cabeceiras finalizadas. A articulação foi organizada pela Famep e contou com prefeitos, deputados federais e representantes do setor produtivo. Participaram a Assis, o Conselho da Mulher Empresária, CDL Santarém, lideranças da logística e do agronegócio, inclusive do Mato Grosso. O ex-ministro Blairo Maggi também integrou o grupo. Após a reunião no Ministério das Cidades, a comitiva esteve com a bancada federal paraense, que prometeu acompanhar os compromissos assumidos e atuar para garantir recursos no Orçamento Geral da União de 2026. Ao final da agenda, o secretário de Governo reforçou a importância de acelerar as obras. “Os prejuízos causados pela não conclusão dessas pavimentações já ultrapassam, e muito, o valor que seria investido para terminar tudo. É perda para o produtor, para o comércio, para quem precisa de ambulância, para famílias inteiras. Não podemos mais esperar”, afirmou. Nélio garantiu que a comitiva seguirá monitorando o andamento dos compromissos assumidos e cobrando prioridade para que, após anos de espera, os trechos finalmente saiam do papel. “A gente não quer ser esquecido. Vamos continuar dialogando, pressionando e unindo forças para que essas rodovias sejam concluídas e garantam dignidade, segurança e desenvolvimento para quem vive na região”, concluiu o secretário. VÍDEOS: mais vistos do g1 Santarém e Região